A internet muda nosso cérebro. Eis a conclusão do livro‘iBrain – Sobrevivendo à Alteração Tecnológica da Mente Moderna’, (inédito no Brasil) do neurocientista americano Gary Small, diretor do Centro de Pesquisa em Memória e Envelhecimento da Universidade da Califórnia. Small percebeu que pessoas com pouca experiência na web, quando online, mostravam atividade na linguagem, memória e centros visuais do cérebro, o que é típico de quem está lendo. Já usuários experientes tinham mais atividade nas áreas de tomada de decisão. Após cinco dias seguidos de navegação, a atividade cerebral dos novatos ficou mais parecida à dos veteranos. O cérebro adaptou-se rapidamente ao uso da rede.
Agora, há uma boa e uma má notícia aí: a boa é que, se você for mais velho, navegar pode ajudar a mantê-lo afiado; a má é que os mais experientes têm a capacidade neural muito consumida e sobra pouco para outras habilidades. Isso pode ser um indício do porque é difícil ler quando estamos online. É como ler um livro e fazer palavra-cruzada ao mesmo tempo.
A idéia do iBrain surgiu desenvolvendo tecnologias para estudar o cérebro à medida que envelhece. “Fiquei impressionado como as novas tecnologias, em especial, a internet, têm um efeito profundo em nossas vidas. Gostaria de saber qual o efeito delas no cérebro” – comenta o autor.
A Internet melhora a inteligência das pessoas, porque de certa forma cria uma extensão da memória biológica – temos um ‘HD externo’ com imensa quantidade de informações acessível a qualquer momento. Sacrificamos a profundidade pela amplitude. Os pontos positivos são: a possibilidade de se relacionar e colaborar em rede e o acesso instantâneo à informação. Os negativos incluem a o comprometimento da atenção e da dependência da tecnologia.
“Prevejo que vamos ter implantes de micro-chip no cérebro que nos ligarão a internet e a discos rígidos externos. Não vamos mais usar mouse e teclado. Vamos pensar em algo e instantaneamente isso vai acontecer”.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
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O computador, mais precisamente a internet, sem dúvida é uma fonte de estímulo ao cérebro! Estimula a memória, a formular estratégias, a elaborar, a lidar com imprevistos e, principalmente, a rapidez de raciocínio (como o videogame). Isto porque provoca o uso de diversas áreas do cérebro e acelera as sinapses...
ResponderExcluirA internet deve ser um recurso a mais e não substitui os estímulos gerados pelas vivências diárias.
Dirigir, andar de ônibus, fazer compras no mercado ou padaria, conhecer pessoas novas, ler bons livros, escrever, perceber gestos e expressões das pessoas, sentir cheiros, ser tocado, tocar, expressar sentimentos, elaborar um prato diferente, criar, reutilizar, observar, escutar todos os sons do ambiente e distingui-los, conversar, andar, rir, se exercitar, trocar, etc..
Tudo isto estimula nosso cérebro, mantem a memória e não pode ser descartado!Já que o cérebro faz mais sinapses dos 0 aos 7 anos. E nesta faixa etária é mais cabível os estímulos ligados aos sentidos físicos e depois também os jogos de estratégia.
No entanto, para manter a memória e o ritmo de raciocínio, principalmente na terceira idade, cabe estimular pela música, imagens, leitura, cruzadinha, sudôku e, porque não, a internet?!
O homem cria e renova a tecnologia com perspicácia e inteligência, devendo usá-la a seu favor. Mas, mais inteligente ainda é aquele que consegue o EQUILÍBRIO.